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sábado, 4 de dezembro de 2010

A IDENTIDADE CULTURAL - EM QUESTÃO

           
          Este trabalho refere-se às propostas previstas pela disciplina optativa Identidades Culturais na  Pos Modernidade, do curso de Letras Português e Respectivas Literaturas da Faculdade São Luís de França, ministrada  pela professora Doutora Vilma Mota Quintela. Ele foi realizado pelas acadêmicas Ana Moura, Deise Cristiane e Maria Tamires, durante o presente período acadêmico. 
      A pesquisa de campo promoveu-nos um aprendizado mais incisivo e dinâmico. E, através da entrevista com o mestre de capoeira Cobrinha, podemos perceber as dificuldades de um profissional que dissemina a cultura e contribui para a manuntenção da identidade cultural em questão, o que nos ajudou a conhecer    a   trajetória deste ícone cultural, a sua postura social e ética.
         Apesar de todo o legado artístico, ele não recebe a valorização e o reconhecimento merecidos profissionalmente.  Por isso, utilizamo-nos deste blog como ferramenta de divulgação do trabalho do mestre Cobrinha, destacando-o como fonte cultural enquanto um estudioso da arte secular e divulgador a nível global do histórico da capoeira - a arte - luta desenvolvida no Brasil pelos negros trazidos da África.    
          Baseando-se na teoria de Stuart Hall, o primeiro “infectante” da identidade cultural é a nacionalidade e cultura local em que o homem é inserido desde o nascimento. Percebe-se que o indivíduo é identificado pela parte do globo terrestre onde ele nasce, imprimindo nele marcas sociais que remetem aspectos culturais -desprendidos de qualquer pressuposto genético. Entretanto, a conectividade entre o indivíduo e a nacionalidade é intrínseca - e politicamente falando importante para produzir um significado histórico-cultural para o ser humano, além de criar um mecanismo de organização e padronização social, a exemplo do “sistema educacional” e a “língua vernacular como meio dominante de comunicação em toda nação”.
            Tirando as máscaras da cultura nacional, matando o instinto forçado de veneração a pátria e despindo a identidade refletida nos símbolos, têm-se fios – visíveis a poucos – que manipulam as ações e virtuam “a concepção que temos de nós”. Atrás dos filmes da história nacional – além de produção - existe “a cadeia da ideia”, em que o indivíduo esta voltado ao reflexo de outrora e condicionado a abraçar as identidades da sua cultura - seguindo as sobras do passado imortal. O poder da sociedade esta concentrado num controle remoto de identidades culturais; tudo que pensamos e fazemos é previamente imaginado e programado; Benediet Anderson (1983) diz: a identidade nacional é uma “comunidade imaginada”.
            O mecanismo de controle das identidades culturais consiste-se primordialmente em disseminar a história nacional através dos dispositivos de mídia, tornando-a viva, enraizada e bem regada, e assim, concedendo significado e importância a existência humana, frisando a ênfase as origens e a continuidade das tradições. Deve-se ter em mente três conceitos ressonantes daquilo que constitui uma cultura nacional como uma “comunidade imaginada”: as memórias do passado; o desejo por viver em conjunto; a perpetuação da herança.
          A metodologia aplicada constituiu-se em: Entrevista com o mestre Cobrinha, filmagem, fotografias, pesquisas na internet e leitura de livros durante a disciplina de Identidades Culturais sob a orientação da professora Vilma M. Quintela, abordando discussões teóricas e breves considerações - na perspectiva de Stuart Hall - acerca das Identidades Culturais na pós modernidade.


Palavras-chave: identidade cultural, capoeira, Mestre Cobrinha.


2 comentários:

  1. Os negros escravos apesar das repressões faziam muitas danças ao som de músicas e a capoeira surgiu daí, como arte marcial disfarçada de dança para defesa pessoal. Hoje é considerada um esporte, mas só para os pobres.Por que não faz parte dos campeonatos, olímpiadas? Porque a elite não pratica!!! Ela possui golpes secos e rápidos, também acrobáticos!!E aí?

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  2. A capoeira é um esporte genuinamente brasileiro. É hiper valorizada pelos praticantes e como cultura é um patrimônio com valor inestimável. A arte-luta é para homem, menino e mulher, ela não determina etnia, classe social ou sexo, por isso pode ser considerada completa em todos os gêneros. Atualmente todas as escalas sociais adereriram ao esporte, nas melhores acadêmias e nos melhores, bairros ecoa o grito do berimbau, Deixa a desejar a capoeira como esporte olimpico - cabe a sociedade abraçar a cultura a qual pertence e aos governantes investir e divulgar o NOSSO ESPORTE dentro e fora do país, pois como diz o ditado : "Um cobrinha só traz apenas o calor da luta, mas não faz o verão".

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